Falsificacoes perigosas
Março 31, 2006 às 12:39 pm | Publicado em Uncategorized | 11 comentáriosPreocupada com o aumento de medicamentos falsificados disponiveis via internet, a Comissao Europeia emitiu um aviso sobre este medicamento falsificado, alertando ainda para os perigos que este e outros medicamentos falsificados representam para a saude publica.
Maos limpas
Março 31, 2006 às 8:31 am | Publicado em Uncategorized | 2 comentáriosTraducao
Março 30, 2006 às 12:25 pm | Publicado em Uncategorized | 9 comentáriosAndei anos a fio com a lingua trocada por
obrigá-la a sair do seu caminho e ter de
pensar antes de dizer as palavras certas:
uma lingua nasceu comigo, comi-a em merendas, bebi-a em fontes e regatos
e a outra é despojo de uma guerra de muitas batalhas.
Agora tenho duas linguas comigo
e já não passo sem as duas.
Estou sempre a trocar de lingua meio a medo,
como se fosse um caso de bigamia.
Uma sabe coisas que a outra desconhece
riem-se uma da outra fazendo troça e por vezes zangam-se.
Exceptuando isso dão-se tao bem, que sonho nas duas ao mesmo tempo.
Há dias em que quero falar uma e sai-me a outra.
Há dias em que fico com uma delas tao (amarrotada?) que se nao a falar
rebento.
Há dias em que se entrelaçam uma na outra
e depois correm a ver quem chega primeiro,
e muitas vezes acabam por sair encavalitadas uma na outra
e a mim dá-me a risa.
Há dias em que fico todo curvado com as palavras por dizer
e encarrapito-me nelas como numa escalada
e deixo-as voar como música
com medo que enferrugem as cordas que as sabem tocar.
Há dias em que quero passar de uma para a outra
mas as palavras escondem-se
e passo muito tempo atrás delas.
Entre elas, dividem o meu mundo
e quando passam a fronteira sentem-se meio perdidas
e fartam-se de roubar palavras uma a outra.
Ambas pensam
mas há partes do coração em que uma delas não consegue entrar
e quando chega a porta poe o sangue a (…) das palavras.
Cada uma foi professora da outra:
o mirandes nasceu primeiro e eu habituei-me a dormir embalado pelos seus
sons quentes
como brasas
e ensinou o portugues a falar guiando-lhe a voz.
O portugues nasceu na ponta dos dedos
e ensinou o mirandes a escrever porque este nunca teve escola para ir.
Tenho duas linguas comigo
duas linguas me fizerem
e já nao passo, nem sou eu, sem as duas.
Dues lhénguas
Março 29, 2006 às 8:53 am | Publicado em Uncategorized | 7 comentáriosoubrigar a salir de l sou camino i tener de
pensar antes de dezir las palabras ciertas:
ua lhéngua naciu-me comi-la an merendas bebi-la an fuontes i rigueiros
outra ye çpoijo dua guerra de muitas batailhas.
Agora tengo dues lhénguas cumigo
i yá nun passo sin ambas a dues.
Stou siempre a trocar de lhéngua meio a miedo
cumo se fura un caso de bigamie.
Ua sabe cousas que la outra nun conhece
ríen-se ua de la outra fazendo caçuada i a las bezes anrábian-se
afuora esso dan-se tan bien que sonho nas dues al miesmo tiempo.
Hai dies an que quiero falar ua i sale-me la outra.
Hai dies an que quedo cun ua deilhas tan amarfanhada que se nun la falar arrebento.
Hai dies an que se m’angarabátan ua an la outra
i apuis bótan-se a correr a ber quien chega purmeiro
i muitas bezes acában por salir ancatrapelhadas ua an la outra
i a mi dá-me la risa.
Hai dies an que quedo todo debelgado culas palabras por dezir
i ancarrapito-me neilhas cumo ua scalada
i deixo-las bolar cumo música
cul miedo que anferrúgen las cuordas que las sáben tocar.
Hai dies an que quiero bertir ua pa la outra
mas las palabras scónden-se-me
i passo muito tiempo atrás deilhas.
Antre eilhas debíden l miu mundo
i quando pássan la frunteira sínten-se meio perdidas
i fártan-se de roubar palabras ua a la outra.
Ambas a dues pénsan
mas hai partes de l coraçon an que ua deilhas nun cunsigue antrar
i quando s’achega a la puorta pon l sangre a golsiar de las palabras.
Cada ua fui porsora de la outra:
l mirandés naciu purmeiro i you afize-me a drumir arrolhado puls sous sonidos calientes
cumo lúrias
i ansinou l pertués a falar guiando-le la boç;
l pertués naciu-me an la punta de ls dedos
i ansinou l mirandés a screbir porque este nunca tube scuola para adonde ir.
Tengo dues lhénguas cumigo
dues lhénguas que me fazírun
i yá nun passo nien sou you sin ambas a dues.
Fracisco Niebro, in Cebadeiros, ed. Campo das Letras, 2000
Encantado
Março 28, 2006 às 8:33 am | Publicado em Uncategorized | 16 comentáriosA Minha Galeria
Março 27, 2006 às 8:40 am | Publicado em Uncategorized | 16 comentáriosDomingo
Março 26, 2006 às 10:35 am | Publicado em Uncategorized | 7 comentáriosHoje, aqui, é dia da mãe… tenham um bom Domingo!
You bi!…
Março 23, 2006 às 9:25 am | Publicado em Uncategorized | 24 comentáriosI ua pulga a dar la scola
Nas cuostas d’ua formiga
Joga-se l jogo de la bola
O linho
Março 22, 2006 às 9:51 am | Publicado em Uncategorized | 8 comentáriosA preparação do linho era muito morosa, requerendo muito paciência e muito trabalho. Para começar, a planta donde se extraía o precioso material tinha se ser semeada em Outubro. Em Maio, com as plantas nascidas e crescidas era necessário mondá-las, ou seja, arrancar as ervas daninhas que se aproveitavam da humidade da terra e dos nutrientes destinados às outras para proliferar. Uma vez esta tarefa cumprida, livres as desejadas plantas para crescer e maturar sem competição, deixavam-se por mais dois meses entregues aos elementos e ao clima até serem arrancadas no mês de Julho.
Depois de arrancadas, arranjavam-se as plantas em molhos que eram açoitados para se extraíam as semente. Depois disso eram transportados ao rio onde eram imersos em água corrente durante cinco dias. Decorrido esse tempo, retiravam-se e expunham-se ao sol por dois dias até estarem plenamente secos.
Os corpos desidratados das plantas eram então pacientemente malhados com um instrumento de madeira (maçadouro), dilacerando os caules lenhosos e expondo o conteúdo fibroso. De seguida “espadava-se” a matéria obtida e o linho ficava em “estriga”. As “estrigas” eram então “assedadas” (cedadas?), numa operação em que era separada a estopa grossa do linho fino, fazendo passar várias vezes pequenas quantidades por um pente de metal (cedeiro). Finalmente, a matéria obtida desta operação estava pronta a ser fiada.
Mas não terminava aqui a árdua preparação do linho. Depois de fiado, o linho era “ensarilhado” em meadas usando um argadilho e de seguida as ,eadas eram “empoetadas” com cinza. Esta operação consistia em colocar as meadas em camadas alternadas com cinza num caldeirão, cobrir de água a pilha e fazer ferver o linho. Após cozidas, as meadas tinham de ser lavadas e expostas ao sol até descorarem até ao tom desejado. Finalmente estava o linho pronto a ser dobado em novelos, e tecido.
O espinhoso processo de obtenção do linho era aligeirado por algumas tradições que iam ocorrendo ao longo da preparação. As diversas tarefas eram efectuadas por bandos de moças. Quando o linho era mondado, os rapazes precaviam-se para não serem apanhados sós pelas raparigas. Se isso acontecesse, o pobre incauto sofria um atentado colectivo em que o grupo das moçoilas “contava os galhos” ao desgraçado. A enganadora expressão significava que o mancebo era imobilizado e os testículos tacteados. Se era uma oportunidade para estabelecer a virilidade do efebo ou apenas uma pequena vingança feminina não sei. Mas por mais que a feminil ousadia pareça inócua, a verdade é que as castas jovens por vezes executavam a tarefa com um entusiasmo impetuoso que podia deixar o desacautelado macho muito doloroso por alguns dias.
Quando as moças levavam o linho ao rio, os rapazes aproveitavam a oportunidade para namoriscar, sufruindo do facto de as jovens estarem livres da feroz vigilância paternal mas ainda assim acompanhadas umas das outras para que a honra das ditas não fosse maculada.
Blogcidio e blogssurreiçao…
Março 21, 2006 às 11:45 am | Publicado em Uncategorized | 1 ComentárioComo os visitantes assíduos do I&I notaram, este blog tem estado indisponível. Por essa razão arranjei um poiso alternativo por alguns dias. Emboa hora me visitou o Carlos Romão que me deu a dica para fazer a cardioversão do moribundo. Há sempre uma blog-alma gentil para ajudar os blognautas em apuros… Obrigada!
Vacina
Março 17, 2006 às 10:21 am | Publicado em Uncategorized | 7 comentáriosAs infecçoes genitais por HPV são muito comuns, estimando-se que só nos EUA 6.2 milhoes casos de novas infecçoes acontecem todos os anos. Apesar da maioria das infecçoes serem assintomáticas, a infecção persistente com estirpes oncogénicas de HPV potencia o desenvolvimento do cancro.
A vacina desenvolvida pela Merck é uma vacina quadrivalente (contra as 2 estirpes mais perigosas do HPV e mais duas estirpes adicionais) a ser usada em homens e mulheres. Por sua vez, a GlaxoSmithKline desenvolveu uma vacina bivalente a ser usada em mulheres.
Pensa-se que ambas as vacinas protegem contra a infecção primariamente por indução da produção de anticorpos neutralizantes, prevenindo assim o desenvolvimento de neoplasia intra-epitelial no colo do útero, o precursor das lesoes de carcinoma invasivo. Se as promessas das novas vacinas se cumprirem, reduzir-se-á drasticamente a necessidade de biopsias, cuidado medico, e procedimentos invasivos associadas ao follow-up de esfregaços anormais.
Portugal apresenta uma taxa de infecção pelo HPV com valores entre 9.4 e 16.7, acima dos valores verificados em Espanha, Itália e Grécia, onde os valores sao ja inferiores a 9.4 (Fonte: GLOBOCAN 2002, International Agency for Research on Cancer, Lyon, France, 2004).
O teste de despistagem está disponivel para mulheres de todas as idades e tem um impacto significativo. Nos EUA, as taxas de cancro do colo do útero diminuiram 75% desde que o teste foi introduzido, há mais de 40 anos. Calcula-se que esfregaços cervicais trienais podem resultar na prevenção de 90% dos cancros do colo do útero da população, se todas as mulheres participarem e se todas as lesões detectadas forem adequadamente seguidas. Uma elevada participação é, portanto, vital.
O teste é realizado pelo medico de familia, é praticamente indolor e demora apenas uns escassos dois ou tres minutos. Por isso meninas, sem medos! Para combater este nosso inimigo, marquem um teste quanto antes. Nao custa nada, a sério! E pode prevenir muitas complicacoes futuras!
E os gajos que nao se riam… como disse, o HPV também afecta o vosso pendiricalho! Ja imaginaram um problemazao deste tamanho no vosso “amiguinho”? Vejam se pressionam (com carinho e jeitinho!) as vossas senhoras a fazerem o teste, que o HPV, tal como as alegrias e as tristezas é partilhado…
Cafezito…
Março 16, 2006 às 9:39 am | Publicado em Uncategorized | 13 comentáriosMas afinal, ambos poderão estar certos… tudo dependede a genética!
De acordo com os resultados de um estudo publicado em 8 de Março na revista médica JAMA, individuos com um alelo CYP1A2 (*1F alelo) -ligado a um metabolismo lento da cafeina- apresentam um risco acrescido de sofrer um infarte do miocardio não fatal. Os individuos homozigóticos, isto é com com dois alelos semelhantes (*1A/*1A), metabolizam rapidamente a cafeina enquanto que nos heterozigoticos o metabolismo é mais lento.
A associação entre o café e o risco de enfarte do miocardio permanence controverso, escrevem os autores do estudo…
Prontos… obrigadinhos! E agora só me falta saber se sou homo ou se sou hetero!!!!! Entretanto vou continuar a tomar o meu cafezito depois do almoço… senão morro é de privação!
A La
Março 14, 2006 às 11:00 am | Publicado em Uncategorized | 6 comentáriosTear da mae Joaquina
O primeiro passo na transformação da lã consistia em lavá-la exaustivamente. Evidentemente as cores disponíveis inicialmente reduziam-se ao preto e branco originais. No entanto, a lã podia ser colorida em tons de vermelho e de verde. Para tal, o tio Bravo vendia os necessários corantes, a lã era fervida na solução obtida pela dissolução de quantidades adequadas de corante.
De seguida, com a ajuda de uma roca e de um fuso, usando pequenas quantidades de cada vez, a lã era fiada, torcida e dobada em novelos. O processo era moroso e requeria grande agilidade e experiência da parte da fiadora. A espessura do fio tinha de ser adequada ao fim a que a lã se destinava e era necessário manter para toda a quantidade a fiar a mesma espessura de fio. Combinando as diferentes cores obtinham-se diferentes padrões.
Segunda!
Março 13, 2006 às 9:09 am | Publicado em Uncategorized | 17 comentáriosPara recuperar da semana perdida, hoje vou ao teatro, amanha vou fazer pao. Sim, que o paozico de Carcao (mundialmente famoso!) que trouxe ja foi todo… num ápice. Assim vou tentar a producao caseira, sempre ha-de ser melhor do que o plastico que se compra por aqui…
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